Celulares identificam rostos e 'marcam' pessoas em redes sociais

10:37
Em fase de testes, Viewdle compara imagens em banco de dados pessoal.
Sistema deve chegar ao mercado ainda em 2011, diz criador ao G1.

Viewdle (Foto: Divulgação/Viewdle)
Montagem mostra visão da Viewdle sobre futuro da realidade aumentada (Foto: Divulgação/Viewdle)


Há dois anos, o G1 publicou uma reportagem sobre o que o futuro da tecnologia conhecida como realidade aumentada poderia oferecer para a sociedade. Entre as apostas, estava a possibilidade de, andando pelas ruas, apontar o telefone celular para um grupo de pessoas e encontrar seus perfis em redes sociais.

Avance para fevereiro de 2011. A Viewdle, uma empresa com sede no Vale do Silício, na Califórnia, está na fase final de testes de uma tecnologia capaz de fazer algo muito semelhante a isso: 'enxergar' rostos, identificar pessoas e ligá-las, na tela do celular, a redes sociais.

Ao G1, o fundador e presidente da empresa, Laurent Gil, afirmou que uma versão comercial do programa deve chegar ao mercado ainda em 2011. "É a primeira tecnologia de computação visual para smartphones", afirmou Gil, que comanda uma rede de laboratórios que inclui escritórios em Kiev, na Ucrânia, e em Montevidéu, no Uruguai.

A diferença do programa da Viewdle para serviços como o Google Goggles, por exemplo, é que o programa usa uma base de imagens armazenada no próprio telefone celular. O usuário precisa, portanto, criar um banco com fotos - mesmo que sejam do Facebook - das pessoas a serem identificadas nas fotos. "É uma questão de privacidade, não seria muito honesto poder acessar um bando de dados global e sair por aí, descobrindo informações sobre desconhecidos", afirma Gil.

Laurent Gil, fundador do Viewdle,  identificado pela tecnologia que criou (Foto: Leopoldo Godoy/G1)
Laurent Gil, fundador do Viewdle, identificado pela
tecnologia que criou (Foto: Leopoldo Godoy/G1)

Não que isso não seja possível. As primeiras tecnologias de reconhecimento facial surgiram exatamente sob encomenda de governos interessados em automatizar sistemas de vigilância em áreas públicas como aeroportos e praças movimentadas.

O software herda algumas técnicas destas máquinas do "Big Brother" - do livro "1984", de George Orwell, e não do conhecido reality show da TV -, mas com um uso mais voltado ao consumidor final. Gil aposta no interesse das pessoas, por exemplo, em automatizar a marcação dos amigos presentes em fotos posteriormente publicadas no Facebook.

Em Barcelona, Gil se encontrou com desenvolvedores de sistemas operacionais para smartphones e fabricantes de aparelhos para apresentar a versão de testes do programa. Ela já é utilizada, disse, por agências de notícias, que precisam catalogar centenas ou até milhares de fotos e vídeos diariamente.


Fonte: G1
http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2011/02/celulares-identificam-rostos-e-marcam-pessoas-em-redes-sociais.html
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